9 de nov. de 2012

UM CANTO DE ILDÁSIO TAVARES

        
      "Eu canto o homem vulgar, desconhecido da imprensa, do sucesso, da evidência". Embalado pelos versos do poeta e compositor baiano Ildásio Tavares, o grupo DiVersos apresenta o Recital "Canto do Homem Cotidiano", uma reflexão acerca do homem contemporâneo e suas inquietudes, apoiado nas temáticas mais frequentemente abordadas pelos poetas: o existencialismo, o amor, as questões sociais e a metapoesia.

          
Venha se emocionar com a gente, comparecendo 17h deste domingo, dia 11 de novembro, na Livraria Saraiva do Salvador Shopping.  Nessa apresentação estarão presentes 7 das pessoas que faziam parte da antiga formação denominada Escola Lucinda de Poesia Viva - Salvador e Rhuna, mais recente membro do grupo. As pessoas que comparecerem receberão, através dos seus correios eletrônicos, arquivo contendo todos os poemas apresentados. Estamos ensaiando bastante para que possamos oferecer ao público um espetáculo diversificado, profundo e belo. 


19 de out. de 2012

AGORA SOMOS DI-VERSOS



     A despeito do que já preconiza o movimento denominado Gestalt no início do séc. XX, a nossa intuição está constantemente  nos apontando para os  sinais que evidenciam a natureza mágica da interação  entre as coisas desse  mundo.  A própria  Física  Quântica desvelou alguns desses aspectos imateriais da  realidade. Assim, se a sinergia  que se  estabelece  no contato  entre simples objetos pode se registrada cientificamente, o que dizer daquela que se cristaliza entre humanos que são aproximados por elos de identidade, semelhança de propósitos, visão de  mundo e  sensibilidade?   

Elos dessa  natureza  uniram o grupo de pessoas  que, há 4 anos, passou a se denominar Escola Lucinda de Poesia Viva - Salvador. Desde então, nos reunimos  semanalmente para estudar,  e nos deliciar, com a arte poética e a possibilidade de nos decifrar e revelar através dela. Belos recitais como os de título "É Tempo de Marear", "Aviso da Lua Que Menstrua", "Canto Quase Gregoriano", "Recital do Semelhante ou A Fúria da Beleza" e "De Canções e Passarinhos" foram fruto dessa mística relação. 
     
     Tal qual na vida, o percurso nunca foi linear. Houve percalços iniciais necessário para superar a lei da inércia e estabelecer mais claramente os  princípios de  diferenciação  e identidade e várias foram as pedras pelo caminho trilhado. Mas cada empecilho, cada tropeço, reforçou os laços, purificou as águas dos rios que nos levavam.  O que somos hoje é fruto de todos esses aspectos os quais não nos cabe classificar maniqueisticamente de bom ou mal. Vamos sempre sentir a contribuição e falta de Fernanda Neturionto, Martha Alencar, Mazé, Eugênia Galeff, Carlos Gregório, Juliana Brasil, Eshter Blanco, Mara Vanessa - em especial - e de outros tantos, embora  saibamos que um pouco de cada um deles permanece conosco não só no registro histórico como na impressão carimbada em nossos  corações.